Nascido
em 9 de agosto de 1788 em Malden, Mass., E.U.A. e falecido em 12 de abril
de 1850, no Oceano Índico, em alto mar, filho de um pastor
congregacional, aos três anos já aprendeu a ler sozinho e aos 10 já sabia grego
e latim.
Aos 16
anos, entrou na Universidade de Brown e graduou-se três anos depois - era o
primeiro de sua turma. Quando jovem, tornou-se amigo de um agnóstico. A
influência dessa amizade fez Judson afastar-se da fé cristã. Os ensinos de seu
pai pareciam agora tolices do passado.
Viajou
para Nova Iorque onde esperava trabalhar futuramente, mas isso não se concretizou.
Triste e errante, uma noite hospedado em um hotel, despertou-se de madrugada
devidos aos gritos vindo de um quarto vizinho ao seu.
Na manhã
seguinte, procurou se informar a razão daquele lamento. A resposta foi de que
se tratava de um moribundo que havia morrido em desespero. Ao perguntar sobre o
nome de tal pessoa, descobriu que era seu amigo agnóstico que lhe influenciara
em abandonar sua fé. Isso desencadeou em Judson uma crise que o levaria de
volta a Deus.
A leitura
de um famoso sermão do dr. Buchanan, A Estrela no Oriente, despertou em seu jovem coração de estudante um ardente desejo por missões. Em 1810, ajudou a criar a Junta Americana de Comissionados para as Missões Estrangeiras. Dois anos mais, ele e sua esposa eram enviados para a Índia. Ao ser proibido pelo governo indiano de entrar naquele país, rumou para a Birmânia, onde, até ver o primeiro convertido, passaram-se seis anos.
Durante esses
anos, sofreram de má saúde, solidão e a morte de seu bebê. Judson foi preso e
ficou encarcerado por quase seis anos. Durante esse tempo, sua esposa, Ana (Nancy),
o visitava fielmente levando, às escondidas do governo birmanês, livros, papéis
e notas que ele usou para traduzir a Bíblia para o birmanês.
Adotou
costumes locais no evangelismo e abriu seu primeiro ponto de pregação em 1819. Fundou
pouco depois uma igreja birmanesa. Também estabeleceu escolas e formou
pregadores. De seus esforços, surgiu uma comunidade cristã composta de
birmaneses, karens e outras nacionalidades atingindo o número de 500 mil
pessoas.
Algum
tempo depois de sair do cárcere, sua esposa e sua filha Maria, morreram de
meningite. Após isso, Judson retirou-se para o interior a fim de concluir sua
tradução da Bíblia. Em 1845, retornou a seu país natal, porém o fogo ardente
pela Birmânia fez com que retornasse ao Oriente, onde pouco depois faleceu. Em sua
juventude disse: “Não deixarei a Birmânia até que a Cruz esteja plantada aqui
para sempre”.
Trinta anos
depois de sua morte, a Birmânia contava com sessenta e três igrejas, cento e
sessenta e três missionários e mais de sete mil convertidos.
João 1:1-8 em birmanês
(A leitura dos caracteres é da esquerda para a direita.)
P.S.: Ouça a história desse missionário clicando no link: Heróis da Fé, de Orlando Boyer: Adoniram Judson.