Antonio Bruccioli, nascido em Florença em 1495 e morto em
Veneza em 1566, foi um humanista italiano que por causa de suas ideias sofreu no
próprio corpo os rigores da Inquisição. Em primeiro lugar por formar parte de uma
trama em 1522 contra o Cardeal Giulio de Médici, que chegaria a ser o papa Clemente
VII. Isso o levou a buscar refúgio Lyon. Depois da queda dos Médici, voltou a
Florença em 1527 e escreveu contra os abusos eclesiásticos, o que lhe a acusação
de ter se convertido ao luteranismo. Por isso, teve que se exilar de novo,
porém em outro local: Veneza. Ali traduziu a Bíblia para a língua italiana (1532).
Para isso, utilizou versões latinas para o Novo Testamento de Erasmo e para o Antigo Testamento usou
a versão de Sacntes Pagnino. Esta tradução poderia ter se tornado a tradução dos
protestantes italianos, no entanto, essa posição foi ocupada pela tradução de
Diodati.
Sua tradução da Bíblia e os comentários bíblicos que escreveu
(7 volumes 1542-1546) chamaram a atenção
da Inquisição. Por três vezes, foi acusado de ser luterano. Na primeira sentença
(1548) foi multado e exilado em Ferrara. Na segunda (1555), ordenaram que ele
se retratasse e fizesse penitência. Mas de nada adiantou, ele se negou a fazer
isso. Na terceira tentativa (1558-1559), ao torna a negar-se, foi encarcerado.
Além de traduzir a Bíblia, Bruccioli traduziu a Historia Natural de Plínio, o Velho e escreveu uma série
de tratados filosóficos.
Acesso em 21 de janeiro de 2012, às 19:33
horas
Traduzido por Marcos Paulo da Silva Soares
Usado com permissão.
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