Mikael
Agrícola nasceu em Uusimaa, Finlândia, em 1510 e frequentou a escola de Viborg
(Viipuri) e depois a de Abo (Turku), onde entrou em contato com a Reforma, pois
o bispo dessa cidade lhe havia enviado a Wittenberg, onde conheceu a Lutero e Melanchthon. Agrícola já havia pregado em sua terra natal as doutrinas
reformadas, tanto na cidade de Abo como no campo.
Esteve em
Wittenberg de 1536 a 1539, ao voltar para a Finlândia conduzia uma carta de
recomendação para bispo escrita por Lutero. Com isso, conseguiu ser nomeado reitor
da escola catedrática de Abo, a principal instituição teológica do país na
época. Após a morte do bispo em 1554, Agrícola foi consagrado como o novo bispo
de Abo sem a aprovação papal.
Quando
percebeu a importância de ensinar e adorar a Deus na língua finlandesa, Agrícola estabeleceu
normas ortográficas que se tornaram a base do moderno finlandês, escreveu um
livro, Abecedário, o primeiro livro escrito em sua
língua materna. Além disso, escreveu um livro de oração em 1554 e um livro
sobre liturgia do culto. Porém, o trabalho que impactaria sua terra natal seria
a tradução do Novo Testamento em sua língua materna. Também traduziu muitos
hinos para o finlandês e colecionou outros hinos que haviam sido escritos por
outros autores. Paralelo a essas tarefas, foi estudioso dos mitos e folclores
finlandeses anteriores a chegada do cristianismo em seu país. Muitos o consideram
Pai da Literatura Finlandesa.
Após seu trabalho
de tradução do Novo Testamento, Agrícola iniciou também a tradução do Antigo
Testamento, concluindo partes do mesmo, entre elas os Salmos. A Finlândia deve
a Agrícola os fundamentos do cristianismo evangélico, as bases da educação teológica,
da liturgia, da instrução e da pregação nessa língua.
Ao
concluir apenas três anos de episcopado e após voltar de uma missão diplomática
entre os russos, para o qual havia sido designado, morreu subitamente sem
completar seus cinqüenta anos de vida.
Os primeiros oito versículos do capítulo 1 do evangelho segundo
João em finlandês.
Traduzido Por Marcos Paulo da Silva
Soares
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