
Assistiu ao Concílio
de Trento e, após sua volta para a Espanha, retirou-se para a Serra de Aracena
(Huelva). Permaneceu lá até o dia em que haveria de ser convidado pelo rei
Felipe II para ser professor de línguas orientais no monastério de El Escorial e
o responsável por sua extraordinária biblioteca. Na referida biblioteca,
deixaria marcas de seu profundo conhecimento. Esse fato foi confirmado seu sucessor
e pupilo à frente da mesma biblioteca, frei
José de Sigüenza, que o admirava bastante.
Sendo o capelão de
Felipe II, venho a ser a pessoa responsável por influenciar o ânimo do rei para
apadrinhar o empreendimento da Bíblia Poliglota de Amberes[2],
monumental trabalho que rivalizaria com a Bíblia Poliglota Complutense, obra realizada décadas antes pelo Cardeal
Cisneros. Naturalmente a Bíblia
Régia, apelido que ganharia a Poliglota de Amberes, não era uma
simples reedição da Complutense, mas era uma obra que possuía importantes inovações,
tais como o Novo Testamento em caracteres siríacos e hebraicos. Além disso, ela incluía a
tradução latina de Sanctes Pagnino a
qual acrescentava a Vulgata latina.
Arias Montano revisou a tradução de Pagnino e adicionou outro volume, na qual o
mesmo dissertava sobre a geografia bíblica, os pesos e medidas hebraicos, a
disposição do templo, as vestes dos sacerdotes e a interpretação da língua hebraica.

Outras obras de Arias
Montano foram: Antiguidades Judaicas (1593),
obra composta de 9 tomos na qual trata dos nomes próprios e comuns caldeus,
hebraicos, gregos e latinos que ocorrem na Bíblia, Retórica (1569), Salmos de Davi e outros profetas (1571) - obra escrita em versos
latinos. Também escreveu uma História Natural (1601) e Cartas.
Rejeitando o cargo de
bispo e outras honras eclesiásticas que o rei lhe oferecera, retirou-se para Sevilha
onde, cansado e doente, faleceu.
Traduzido
Por Marcos Paulo da Silva Soares
Usado
com permissão
Nenhum comentário:
Postar um comentário